terça-feira, 7 de abril de 2009

ARIANO TORTO

Hoje faz 12 dias que fiz 1 ano e 2 dias que o papai fez 30 anos; faz 9 dias que o vovô faria 56 anos se não fizesse quase 9 anos que ele se foi um dia. Juntos, seriam muitos dias. Juntos, seríamos ‘Dias’ inseparáveis: pai-avô, filho-pai e neto-filho, uma linhagem completa de Gonçalves Dias sob o signo de Áries, nascidos em 1953, 1979 e 2008, respectivamente.
Sinto-me o mais ariano de todos, pois além de compartilhar o signo zodiacal com eles, ainda fui concebido por uma Ariany. Sou natural e completamente um Ariano de nascença. Da mamãe recebi, além da vida que completou 377 dias, carinho, calor e cuidados especiais desde que eu era um pequeno carocinho até nascer Oliveira, da linhagem dela.
Sou tão Caio na vida quanto na etimologia do meu nome. Tão puro na grafia e pronúncia quanto no estilo de vida; 1 consoante e 3 vogais: tão simples e complexo que não existe homônimo provável ou anagrama possível. Como a mamãe queria.
Não acredito no perfil dos zodíacos nem em previsão de horóscopos, mas espero desenvolver todas as qualidades que atribuem ao meu signo e superar qualquer fraqueza que se relacione ao Carneiro que rege minha casa astral.
Em uma análise simplista, sou apenas isso: um Caio (quase Cauê) Oliveira (por mãe) Gonçalves Dias (por pai); filho, neto e bisneto (por genealogia); cesariano, londrinense e ariano (por genitura); risonho, teimoso e guloso (por genialidade); humano, homem e criança (por generalidade); encarnado, espírito e imortal (pelo Gênese).
Para o Governo, sou um número; para o Sistema, uma demanda; para a Política, um voto; para a Gramática, um nome próprio; para a Matemática, uma porcentagem; para a Evolução, uma etapa; para o Tempo, um passageiro; para a Vida, um ator; para o Universo, um vestígio; para meus Pais, um Universo.
Só espero ser para a História bem mais que um expectador. Senão nós, quem mais há de fazer algo pelo Futuro?

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